03 maio 2016

A importância do brincar para o desenvolvimento infantil

A partir da prática do brincar, a criança consegue desenvolver muitas habilidades cognitivas e motoras, o que chamamos de aprender brincando. Nela também, conseguimos compreender como é a rotina dos pequenos e até mesmo o que eles estão pensando.

O brincar também permite que a criança tome decisões sobre o que ela deseja que aconteça com o mundo lúdico em que ela está envolvida e também a afasta de situações que possa lhes trazer algum sofrimento, possibilitando a exploração e sua vivência.

Segundo Vygotsky, o brincar cria um processo chamado zona de desenvolvimento proximal (conhecido como ZDP) que consiste em impulsionar a criança para um outro estágio de seu desenvolvimento e amadurecimento através da brincadeira, apresentando sempre, o que é esperado para a sua faixa etária.

Desta forma, podemos dizer que brincar é algo essencial para o desenvolvimento infantil. A criança não nasce sabendo brincar, mas este é um conhecimento que ela adquire através da imitação e experiências do seu cotidiano.

Embora saibamos da grande importância do brincar para o desenvolvimento infantil, observamos muitas vezes, por conta da rotina atribulada que muitos pais direcionam para as crianças, o brincar acaba ficando para traz, desestimulando a criatividade e inibindo a forma que a criança tem de se expressar por ela.

É de suma importância, que os pais, mesmo com a vida corrida, não atribua a responsabilidade do brincar somente para a escola, pois desta forma a criança terá somente um polo de estimulo para esta prática.  Sendo assim, a experiência de diversas pessoas contribuem para a ampliação de repertório de brincadeiras, trazendo a tona, as brincadeiras muitas vezes esquecidas por esta nova geração.

As brincadeiras de antigamente traziam com elas, estímulos necessários no desenvolvimento infantil, como coordenação motora, trabalho em equipe, cumprimento de regras e que hoje ficaram esquecidas por conta das informações rápidas que a tecnologia trouxe, deixando a criança cada vez mais alienadas em eletrônicos e com isso sem ter contato com o mundo “fora de casa”.

Por fim, o ato de brincar segundo Jean Piaget, é realmente uma coisa séria e que através das práticas da criança no presente podemos enxergar parte do que ela será no futuro.

Texto: 
Mariana Bastos - Coordenadora Pedagógica de Educação Infantil; e,
Mirian Goulart - Diretora Pedagógica de Educação Infantil

6 Brincadeiras de antigamente para fazer com as crianças

Explorar o tema do brincar é encontrar as brincadeiras que vem sendo passadas de geração em geração e que nome elas possuem em diferentes partes do país.

Quer ver alguns exemplos? 

1. Corre cutia ou chicotinho queimado: Brincadeira em roda, no qual uma criança corria entre os coleguinhas “Corre cutia; na casa da tia; corre, cipó, na casa da avó; lencinho na mão, caiu no chão. Moça bonita do meu coração” ou “ Chicotinho queimado é muito bom, quem olhar para trás leva um beliscão!” essa brincadeira continua funcionando muito quando se tem um grupo de crianças pequenas para distrair. 

2. Passe o Anel ou anelzinho: É uma ótima dica para entreter os pequenos em todos os encontros, é diversão na certa, além de trabalhar com a coordenação motora dos pequenos. 

3. Cinco Marias: tem um monte de nomes: 5Marias, saquinho, chincha, ogo das pedrinhas, capitão, liso, xibiu e epotatá (em tupi, quer dizer “mão na pedra”), jogo do osso, onente, bato, arriós, telhos, chocos e nécara. E várias formas de jogar também. Até no Japão as crianças se divertem com este jogo tão simples, feito com saquinhos recheados de arroz ou areia. 

 4. Cama de Gato: Diversão com barbante. Tem gente que chama de Cama de Soldado também que é que nem andar de bicicleta. É só começar a brincar que você se lembra de como faz. 

5. Pular elástico: Diversão com um simples elástico, com disputa entre varias crianças para desenvolver o equilíbrio e atenção. Diversão garantida. 6. Stop: Brincadeira de nomes, de pessoas que diziam se lembrar de brincar disso quando eram crianças e que adoravam repetir a experiência com os filhos. O detalhe foi aprender, com essas conversas, que em alguns lugares se chama Adedanha ou Adedonha. 

Dica de Livros: